
Está para breve a abertura de uma nova página na história do Moza Banco, o primeiro banco com maioria de capitais moçambicanos, mas que teve de ser intervencionado pelo Banco de Moçambique, em 2016, quando esteve à beira do colapso, num processo polémico, que acaba de ser declarado nulo pelo Tribunal Administrativo.
Com a intervenção do Regulador do Sistema Financeiro, que colocou a Kuhanha (Fundo de Pensões do Banco de Moçambique) na estrutura accionista do Moza Banco, um dos maiores bancos comerciais do país, sabe-se dos resultados operacionais do banco nos últimos nove anos.
Um levantamento feito pelo nosso jornal revela que, nos últimos nove anos, que coincidem com a intervenção do Banco de Moçambique, o Moza Banco registou resultados positivos durante três anos, tendo obtido resultados negativos em cinco anos. Em 2024, o Banco registava um resultado líquido positivo, até Junho, sendo que o desempenho final do banco ainda não é conhecido, visto que ainda não divulgou o seu Relatório e Contas.
De acordo com os sucessivos relatórios e contas, em 2016, ano da sua intervenção, o Moza Banco registou um resultado líquido negativo de -5.268.198 mil Meticais, tendo diminuído, em 2017, para -1.458.836 mil Meticais.
Em 2018, as contas do Moza Banco referem que o prejuízo do banco voltou a reduzir para -768,403 mil Meticais, um valor que cresceu para -775,633 mil Meticais, em 2019. O ano de 2020 foi o primeiro, após a intervenção, em que o Moza Banco registou resultado líquido positivo, no valor de 145.547 mil Meticais, porém, a evolução seria diluída no ano seguinte, ao registar mais um prejuízo, num montante de -1.381.021 mil Meticais.
Os lucros regressariam ao Moza Banco nos anos fiscais de 2022 e 2023. Em 2022, o lucro foi de 90.138 mil Meticais e, em 2023, foi de 101.855 mil Meticais. Nos primeiros seis meses de 2024, o banco registou um lucro de 11.249 mil Meticais, faltando saber como o banco terá fechado as suas contas no ano eleitoral, marcado por violência nos últimos três meses.”